O Conectar - Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras foi umas das iniciativas de destaque no webinário “Estratégias para vacinar todos e já!”, nesta quarta-feira, 17. Promovido pela Academia Nacional de Medicina (ANM), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil (AFFB) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o evento virtual contou com a participação de Jonas Donizette, presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), entidade responsável pela instituição do consórcio público.
Conforme vem declarando desde o início das tratativas para criação do Conectar, quando o Senado aprovou o PL 534/2021 que possibilita aos entes federados a compra de vacinas, Donizette reafirmou que não existe a pretensão de competir com o Plano Nacional de Imunizações (PNI). “O nosso espírito é de união para a solução dos problemas”, disse. Ainda segundo o dirigente da FNP, “quem está pagando a conta da saúde no Brasil são os municípios”.
Essa fatura alta explica porque 2,5 mil cidades manifestaram interesse em aderir ao consórcio até o momento. “A expectativa inicial era de 100 municípios”, contou Donizette, explicando que a FNP já conta com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), entre outras instituições. “E queremos também o apoio das academias de ensino e pesquisa nesse consórcio”, completou.
O “Unidos pela Vacina”, liderado pela empresária Luiza Trajano, também está no hall das alianças do Conectar. O movimento vai apoiar o Sistema Único de Saúde (SUS) com a compra de insumos, como agulhas e seringas, e na logística de distribuição e vacinação. “Quem aplica a vacina é a prefeitura, é responsabilidade dela aplicar. Então, um dos nossos passos foi aplicar um questionário para os prefeitos e secretários de saúde. Foi quando começamos a traçar as necessidades e buscar padrinhos”, declarou Trajano.
Para o presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Rubens Belfort Jr., “já estamos repetindo demais alguns conceitos e algumas ideias e precisamos ir além disso”. Segundo o médico, a união da sociedade civil para o combate à pandemia é fundamental. “Precisamos retomar uma agenda moderna da saúde”, falou Belford Jr., defendendo a importância das pesquisas científicas, investimentos em políticas públicas, uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social.