Uma delas foi o pedido de empréstimo de doses da vacina AstraZeneca, que estão estocadas no país. O quantitativo seria devolvido à medida que o Brasil adquirisse outras doses junto ao laboratório
Representantes dos municípios que compõe a chapa única para a diretoria do Consórcio Conectar se reuniram nesta sexta-feira, 26, com a embaixada americana em Brasília. O objetivo do encontro foi sensibilizar o país norte-americano em relação ao cenário da pandemia da covid-19 no Brasil, e também sobre a necessidade de agilizar o acesso da população à vacina, para conter o surgimento de novas variantes do vírus, colocando em risco a vacinação no mundo.
Entre as propostas colocadas pelo consórcio à embaixada americana está a possibilidade de o país fazer um empréstimo ao Brasil de doses da vacina da AstraZeneca, que estão estocadas nos EUA. Sendo essas doses devolvidas à medida que o Brasil for adquirindo novas doses por meio de outras negociações. Essa estratégia, somada a outras, iria permitir que o Brasil adiantasse em um mês a previsão colocada pelo governo brasileiro de vacinar, até o final de julho, todas as pessoas dos públicos-alvo. Esse pedido também já foi feito pelo Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF).
União de forças
A secretária de Relações Internacionais do município de São Paulo, Marta Suplicy, falou que o consórcio já conta com a adesão expressiva de 1,8 mil municípios, o que representa 33% do total de cidades brasileiras. E mais cerca de 2,6 mil municípios estão interessados em ser consorciados, sendo 25 capitais. O Conectar já é o maior consórcio público do país e visa aumentar o poder de compra dos municípios, de vacinas, medicamentos e insumos.
Marta Suplicy mencionou que “já há um movimento do governo norte-americano de ceder as doses para o Canadá e o Mexico, e que o EUA poderiam incluir o Brasil nesta fila”. A Astrazeneca ainda não está aprovada no EUA e pode "caducar", segundo ela mencionou. O Consul americano explicou que o Congresso não permite a exportação antes do país estar totalmente abastecido. Mas colocou à disposição os contatos dos laboratórios para que o consórcio Conectar fale diretamente com o laboratório.
Na reunião, o Brasil também solicitou contato da embaixada com o laboratório Pfizer para que receba os prefeitos para negociar.