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Mudança no PNI: pleito do Conectar e da FNP sobre o critério de idade é atendido pela CIT 

A Comissão Intergestores Tripartite pactuou nesta quinta-feira a vacinação por critério de idade decrescente, após vencidos os critérios de comorbidade. A medida atende reivindicação do Consórcio Conectar e da Frente Nacional de Prefeitos

O Plano Nacional de Imunizações (PNI) contra a COVID-19 irá adotar o critério de idade decrescente como novo parâmetro de vacinação no país. Com a atualização pactuada na tarde desta quinta-feira (26/05) em Brasília,  a vacinação para para comorbidades  será mantida, e já para profissionais da educação, segurança pública e transporte coletivo serão destinados um percentual no quantitativo distribuído a partir das novas remessas. A adoção do critério de idade será feita após a conclusão ou baixa de demanda dos grupos prioritários nos municípios. A medida foi pleiteada pelos municípios nas últimas semanas, frente a falta de uniformidade nos critérios de vacinação a nível nacional.

A coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, apontou que a maior parte das pessoas com comorbidades e com deficiência já tiveram seu quantitativo reservado e encaminhado aos estados, assim como as doses destinadas às categorias essenciais. ‘’Esperamos concluir os grupos prioritários nas duas próximas semanas. O total aproximado para junho é de 42 milhões de doses, com estoques de IFA garantidos’’, comentou a coordenadora.  A mudança de critério visa o aumento da demanda pelas vacinas nas Unidades Básicas de Saúde.

Os grupos prioritários subsequentes às comorbidades no PNI terão percentuais reservados, porém com parcela menor de vacinas destinadas. Segundo Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde, a adoção do critério pelo PNI dá mais segurança para adoção da medida pela gestão municipal, “Essa é uma demanda dos prefeitos que irá dar mais vazão aos estoques eventualmente represados’’, afirmou.

O assunto foi destacado por Conectar e Frente Nacional de Prefeitos em reunião virtual com secretários municipais de saúde das capitais e com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em 17 de maio. O assunto também foi reiterado na 80ª  Reunião Geral da FNP no dia 20 de maio, como pleito nacional dos prefeitos para garantir a vacinação com equidade. “Com o critério de idade temos a demanda calculada, conseguimos avançar mais rapidamente”, afirmou na ocasião Gean Loureiro, presidente do Conectar e prefeito de Florianópolis.

Uma nota técnica sobre a atualização do PNI será enviada para os municípios nos próximos dias.

Estratégia de vacinação do município de Cascavel acelera retomada segura das atividades nas escolas

Iniciativa implementada no Paraná baseada no monitoramento setorizado por bairros pode servir de referência para outras cidades

A cidade de Cascavel, no Paraná, registrou índices positivos no combate à pandemia em 2020, dado a um conjunto de esforços coordenados na gestão dos setores prioritários. O chefe de gabinete da prefeitura, Thiago Stefanello, apresentou em seminário virtual promovido pelo Consórcio Conectar e a Frente Nacional de Prefeitos dados sobre a nova estratégia de vacinação adotada pelo município neste ano, que tem obtido resultados significativos.

Com a experiência acumulada, o município optou por uma estratégia de vacinação diferenciada, adotando a metodologia do coeficiente de incidência por bairro. Os trabalhadores da educação foram priorizados a partir do mapeamento detalhado de indicadores por bairros, em detrimento do critério de idade decrescente. O objetivo foi acelerar o retorno às aulas por completo em cada escola. “Vacinamos por completo o bairro para que a escola daquela localidade voltasse às aulas, porque entendemos que por idade poderia não ser a melhor estratégia. Teríamos um vacinado de uma escola, outro vacinado de outra escola e isso atrasaria o processo”, explicou o chefe de gabinete.

A medida permitiu acelerar o retorno das crianças às aulas de forma integral, fazendo com que bairros inteiros pudessem retomar as atividades. Segundo os dados apresentados, 1,6 mil professores e trabalhadores da educação já haviam sido imunizados até então. 

Após a vacinação do grupo prioritário, foram feitos novos testes de rotina para monitoramento da doença. O resultado foi que nenhum profissional testou positivo para a Covid-19 no processo de retomada das atividades escolares. Cascavel tem hoje 68 dos 110 estabelecimentos educacionais totalmente vacinados e em funcionamento.

Antes da vacinação, a metodologia adotada por Cascavel para o enfrentamento da pandemia foi concentrada em 3 eixos prioritários de trabalho - planejamento com base na ciência, prevenção e monitoramento, e educação com base em informações claras e precisas. As iniciativas tomadas na primeira onda da pandemia permitiram uma diminuição de 54% do número de óbitos por Covid nos meses de abril e maio, e as mais baixas taxas de letalidade do estado. 

O material completo da experiência em Cascavel/PR está disponível aqui.

Imagem - Prefeitura de Cascavel

FNP e Conectar apresentam experiências municipais de monitoramento e planejamento de ações no combate à pandemia

Metodologia apresentada por Campinas/SP mostrou que é possível monitorar dados a fim de antecipar e planejar cenários no enfrentamento à COVID-19

Diante de uma possível terceira onda da pandemia, é possível planejar e até antecipar informações para identificar se o sistema de saúde local ficará sobrecarregado ou não e, assim, minimizar os danos causados pelo novo coronavírus. A constatação foi feita durante o evento virtual "Como sua cidade pode planejar ações de enfrentamento à COVID-19 - a experiência de Campinas com indicadores de avaliação e monitoramento na pandemia", promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e pelo Consórcio Conectar nesta sexta-feira, 21.

O estudo de caso apresentou a metodologia adotada no município paulista para monitoramento e avaliação de indicadores a fim de instrumentalizar o prenúncio de cenários no enfrentamento à COVID-19. De acordo com a Secretaria de Saúde local, o acompanhamento criterioso dos dados que compõem a evolução local dos padrões epidemiológicos e o impacto disso na cidade permitiram uma tomada mais ágil de decisões por parte das autoridades municipais.

O evento foi aberto pelos prefeitos de Aracaju/SE, Edvaldo Nogueira, e de Palmas/TO, Cinthia Ribeiro, com mediação do secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre. Edvaldo Nogueira, presidente da FNP, reforçou a importância de ações coordenadas entre os entes federados no enfrentamento à COVID-19. "Estamos agora em momento muito importante do combate à pandemia. Distanciamento e medidas de prevenção estão sendo tomadas a partir do esforço gigantesco dos prefeitos e governadores", lembrou.

Na opinião do prefeito, a experiência de Campinas é muito “positiva e importante e pode ser compartilhada para que a gente possa aprender, porque é uma experiência de prevenção. Prevenir é melhor do que remediar”, observou.

Cinthia Ribeiro, também vice-presidente do Conectar, frisou que o consórcio, instituído pela liderança da FNP, reúne mais de 2,5 mil municípios e representa mais de 150 milhões de brasileiros. “Somente com a vacina poderemos ter um possível retorno seguro às atividades que a gente tanto precisa.” Além disso, Cinthia afirmou que experiências municipais exitosas no combate à pandemia podem nortear as demais prefeituras. “Essas experiências fazem com que a defasagem de linguagem entre os entes federados seja organizada”, disse.

Antecipação e planejamento
Durante o evento, o prefeito de Campinas/SP, Dário Saadi, e o chefe de gabinete de Cascavel/PR, Thiago Stefanello, apresentaram as experiências municipais na gestão da pandemia. No município paulista, a partir de indicadores de alertas, houve um melhor aproveitamento local do que o registrado durante a segunda onda em todo o estado.

Segundo Saadi, vice-presidente de Saúde da FNP, com o método, é possível antecipar situações mais complexas em quatro, seis e até oito semanas e evitar o colapso da rede hospitalar. “Todos os indicadores são importantes, mas esses foram fundamentais para que Campinas tomasse medidas mais restritivas e antecipadas que o estado, evitando colapso na rede hospitalar.” Algumas medidas, conforme o prefeito, pareceram “antipáticas” à população na época, mas foram fundamentais para evitar uma tragédia maior.

Entre março e abril deste ano, houve um aumento no número de mortes no estado de São Paulo de 42%. Nesse mesmo período, houve queda de 13% em Campinas. O sucesso do resultado é atribuído a medidas como toque de recolher, fiscalização mais intensa de aglomerações, restrição de circulação de pessoas e campanhas de comunicação e de educação, entre outras.

A experiência em Campinas mostrou que indicadores precoces devem ser monitorados para “tomada oportuna de decisões.” O monitoramento foi dividido em três eixos: indicadores de morbidade, laboratoriais e de hospitalização. De acordo com um dos dados apresentados, o número de hospitalizações e/ou aumento de casos graves são considerados indicadores tardios. “É preciso observar o número de casos de síndromes gripais e a variação do número de sintomáticos respiratórios nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, adiantou a epidemiologista e diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas, Andrea Von Zuben.

Na opinião da epidemiologista, o problema é que a maioria das prefeituras começa a tomar atitudes a partir do momento que a curva está em ascensão, o que pode provocar colapso o sistema de saúde que não está preparado com o número de leitos adequado. “Quando existe a internação, muita coisa já aconteceu antes, como pessoas transmitindo a doença para outras pessoas. Já tem muita gente infectada, por isso esse indicador é considerado tardio.”

A prefeitura pediu que 67 UBS do município e dos que rodeiam a região começassem a anotar quantas pessoas chegavam por semana com sintomas respiratórios. A partir disso, foi criado um sistema que tornou perceptível prever que haveria aumento na procura de hospitais em quatro ou seis semanas. “Outro indicador é a taxa de positividade dos RT-PCR. Se começa a aumentar o número de positivos para o teste, é sinal de que a circulação viral aumentou e que em cerca de seis semanas teremos aumento no serviço hospitalar”, detalha Andrea.

Ela reconhece que cada município tem uma realidade diferente e que a experiência de Campinas pode ser um norte para tomada de decisão local. “A métrica é o início do sintoma, a chegada à UBS, essa é a grande diferença.” Acesse aqui a apresentação.

Educação
Em Cascavel/PR, a prefeitura optou por vacinar os trabalhadores da educação adotando a metodologia do coeficiente de incidência por bairro, em detrimento do critério de idade decrescente, para acelerar o retorno às aulas por completo em cada escola. “Vacinamos por completo o bairro para que a escola daquela localidade voltasse às aulas, porque por idade não ia funcionar. Seria um vacinado de uma escola, outro vacinado de outra escola e isso atrasaria o processo”, disse Thiago Stefanello, chefe de gabinete.

Até o momento, segundo a prefeitura, mais de 1,6 mil trabalhadores da categoria já foram imunizados e muitas escolas nos bairros da cidade paranaense já retomara as aulas. “Fizemos testes com os professores e trabalhadores 15 dias após a vacinação e não registramos mais casos positivos para a doença”, comemorou Stefanello.

A epidemiologista Carla Domingues, consultora da FNP e do Conectar, participou do debate e elogiou as iniciativas. Para ela, a ausência do governo federal nas medidas de prevenção obrigou estados e municípios a tomarem decisões, que muitas vezes não tiveram o apoio da população. “É muito difícil convencer a população da importância dessas medidas agora não tivemos apoio do governo federal”, lamentou.

Segundo Carla, para que haja sucesso no combate à pandemia, é preciso olhar a situação epidemiológica à luz de cada realidade. “Somos um país continental. O lockdown pode servir para uma determinada região e não servir para outra, é preciso olhar a situação epidemiológica de cada localidade para que se tenha instrumentos adequados para enfrentar a doença. É preciso também ter comunicação clara com a população. Se ela não entender os mecanismos para frear a transmissão, não vai resolver. Trazer a população para o nosso lado, com transparência, com dados para tomada de decisão é fundamental.”

Redator: Jalila Arabi
Editor: Livia Palmieri

FNP propõe que critério de vacinação contra COVID-19 seja somente idade, após grupo atual

A alternativa foi debatida na 80ª Reunião Geral da entidade, que também discutiu outras pautas prioritárias, como mobilidade urbana e economia

Dirigentes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) vão apresentar uma proposta de adequação no Plano Nacional de Vacinação (PNI) da COVID-19. A proposta é de que a passadas as comorbidades, profissionais de educação, forças de segurança e trabalhadores de transporte coletivo, a população seja vacinada por idade decrescente a partir dos 59 anos. O tema foi deliberado durante a 80ª Reunião Geral da entidade, nesta quinta-feira, 20, evento virtual no qual foram empossados os novos vice-presidentes temáticos, regionais e o conselho fiscal da entidade.

Segundo o presidente da entidade, Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju/SE, a justificativa para o modelo decrescente é acelerar o processo e garantir vacinação de forma universal e equitativa em todo o país, sem privilégios, injustiças e eventuais fraudes. “Com o critério de idade temos a demanda calculada, conseguimos avançar mais rapidamente”, comentou o prefeito de Florianópolis/SC, Gean Loureiro, presidente do Consórcio Conectar. A proposta recebeu apoio do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), que esteve representado na reunião pelo secretário-executivo, Mauro Junqueira.

Também sobre vacinação, o prefeito Gean apresentou um panorama sobre as ações desenvolvidas pelo Conectar, consórcio instituído a partir da liderança da FNP, nas intermediações com o governo federal, embaixadas e laboratórios internacionais. Conforme o governante, o Conectar está em tratativas para aquisição de forma conjunta com o Ministério da Saúde de vacinas Sinopharm, com apoio da embaixada da China.

Durante a reunião, o grupo também debateu os impactos do possível recrudescimento da pandemia. Sobre isso, o prefeito de Campinas/SP, Dário Saadi, vice-presidente de Saúde da FNP, falou sobre a experiência do município paulista que, a partir de indicadores de alertas, conseguiu ter um resultado melhor, na segunda onda, em relação ao obtido pelo governo do estado de São Paulo.

Esse caso será apresentado na sexta-feira, 21 de maio, em evento virtual, transmitido ao vivo pelo Youtube e promovido pela FNP, em parceria com o Conectar. “É muito importante a adoção desses indicadores, dessas políticas de antecipação de crise”, comentou. De acordo com o prefeito, a partir da coleta de dados, é possível antecipar situações mais complexas em quatro, seis ou até oito semanas.

Ainda sobre saúde, o secretário de Finanças de Diadema/SP, Francisco Funcia, apresentou dados sobre o subfinanciamento da área, principalmente neste ano, com uma redução de cerca de R$ 1 bilhão no orçamento para o tratamento da COVID-19. “Comparando com o último quadrimestre do ano passado, teve uma queda de 50%”, disse.

De acordo com ele, a participação dos municípios, com mais alocação de recursos, configura em “estrangulamento na medida em que têm que tirar recursos de algumas ações e cobrir essa falta do governo federal”, concluiu.

Como alternativa, o prefeito de Salvador/BA, Bruno Reis, vice-presidente de PPPs e Concessões, relembrou o pleito para a unificação dos mínimos constitucionais de Saúde e Educação, “para somar recursos dentro da casa dos 40% que somam as duas áreas”.

Desafios do financiamento da Mobilidade Urbana
A insustentabilidade do financiamento do transporte público também esteve entre as pautas prioritárias discutidas pelos prefeitos. O tema foi apresentado pelo prefeito de São José dos Campos/SP, Felício Ramuth, vice-presidente de Mobilidade Urbana, que trouxe alternativas para o setor de “curtíssimo” e longo prazo.

De forma imediata, o governante recomendou a retomada do PL 3364/2020, vetado integralmente pelo presidente Jair Bolsonaro, que trazia um auxílio emergencial, de R$ 4 bilhões, para as cidades. A proposta, agora, seria modificar as regras e solicitar R$ 5 bilhões por ano, como fonte de recursos para financiar a gratuidade dos idosos.

Segundo o presidente do Fórum Nacional de Secretários Municipais de Transportes, Paulo Guimarães, esse recurso seria liberado, de forma imediata, para 1600 municípios. “A R$ 5 bilhões por ano como fonte de recurso por população idosa, geraria um gasto de R$ 300 reais por ano por idoso para o governo federal”, explicou.

Para o médio/longo prazo, a proposta é discutir o Programa de Reestruturação do Transporte Público Urbano. “Precisamos discutir um novo marco legal, que é a alteração de uma série de leis para subsidiar o que a gente está propondo dentro dos três pilares - qualidade e produtividade, financiamento e regulação e contratos”, disse Paulo, que também é secretário de Mobilidade de São José dos Campos.

No contexto mobilidade/pandemia, a prefeita de Contagem/MG, Marília Campos, trouxe para o debate que há, ainda, a preocupação do ponto de vista sanitário. “Na medida em que a gente exige que não tenha transporte com lotação exagerada também defendemos política para melhorar condições de transporte do passageiro”, avaliou a prefeita, que assumiu a vice-presidência de Políticas Sociais.

Desafios econômicos e sociais do pós-pandemia
O economista José Roberto Afonso, consultor da FNP, fez uma avaliação sobre o quadro da economia brasileira, que apresenta situações distintas, com o aquecimento de alguns setores como agropecuária, indústria extrativa e novas tecnologias. “Isso é bom, mas gera pouco emprego. Setores intensivos de mão de obra, que são serviços de contato, ainda estão longe de conseguir recuperar a situação que tinha antes”, disse.

Para o economista, é indispensável pensar políticas públicas voltadas para requalificação de mão de obra, estímulo ao empreendedorismo e realocação de trabalhadores. “É importante unir reformas com medidas imediatas, porque a situação do âmbito essencial é emergencial”, opinou.

Nesse sentido, o presidente da FNP falou sobre a pandemia como fator importante nessa situação de crise econômica. Na opinião de Edvaldo, as necessárias medidas de distanciamento físico e fechamento de locais colabora para o aprofundamento dessa situação. “Temos que combater a pandemia e ao mesmo tempo encontrar mecanismos para, no pós, alavancar a recuperação definitiva da economia”.

A secretária de Fazenda de Salvador/BA, Giovanna Victer, presidente do Fórum Nacional de Secretários de Finanças e Fazenda, destacou o papel dos municípios nesse processo. “Acreditamos que as cidades, por meio da gestão e da própria característica da economia, podem ser a força motriz para retomada econômica que incorpore pessoas, renda e melhore qualidade de vida de todos os brasileiros.”

O presidente da Abrasf, Vitor Puppi, secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão de Curitiba/PR, também participou da reunião comentando sobre as reformas Tributária, com sistema progressivo, assegurando a autonomia municipal em relação ao ISS, e Administrativa que, na avaliação dele, caminha lentamente e trata de questões de médio e longo prazo.

Homenagem ao prefeito Bruno Covas
Bruno Covas, reeleito em 2020 prefeito de São Paulo/SP e empossado em abril deste ano vice-presidente Nacional da FNP, morreu no domingo, 15 de maio. Em virtude de sua colaboração com a pauta dos municípios, o presidente da FNP prestou a homenagem, nomeando a sede da entidade como Sede Bruno Covas.

“Bruno foi exemplo de tolerância nesse momento de intolerância, exemplo de convicção e de esperança, nesse momento de desesperança e acima de tudo, Bruno Covas mostrou que é possível ocupar um cargo no Executivo sem perder a humanidade”, falou o presidente Edvaldo.

“O Bruno deixa a mensagem de demonstração de coragem, de integridade, de luta, mas principalmente de pessoa que tinha profundo apresso pela democracia”, disse Marta Suplicy, secretária de Relações Internacionais de São Paulo.

Vice-presidentes Temáticos e Regionais (gestão 2021-2023)
Além do debate sobre as três pautas prioritárias da FNP, a 80ª Reunião Geral foi momento de posse de prefeitos que ocupam cargos de vice-presidências temáticas e regionais da entidade.

“Essa é uma das experiências mais gratificantes da minha vida pública. Tenho aprendido muito com prefeitas e prefeitos e com a equipe técnica da FNP”, afirmou a prefeita de Pelotas, que assumiu, pelo segundo mandato, a vice-presidência de Segurança Pública. Para a governante, o trabalho coletivo de prefeitos é o que traz as condições para encontrar soluções de desenvolvimento econômico, social, cultural e humano.

De acordo com o prefeito Edvaldo, as discussões da reunião revelam o momento difícil e complexo que o país atravessa. “Essa pandemia tem sido um elemento para que a situação seja ainda mais difícil, mas apesar disso tudo eu tenho esperança. E a esperança está aqui, nessa reunião”, concluiu.

 
Redator: Livia Palmieri

Editor: Paula Aguiar

Conectar aciona embaixada americana por vacinas

 Integrado por mais de duas mil Prefeitas e Prefeitos, Consórcio reitera pedido de doação de doses para o enfrentamento da Covid-19 no país após anúncio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

O Conectar – Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras e a Frente Nacional de Prefeitos registraram no dia 18 de maio novo ofício reiterando ao embaixador americano no Brasil, Todd Chapman, a solicitação de apoio e doação de vacinas para o combate e o enfretamento à COVID-19 no país.

O pedido emergencial acontece após o anúncio do presidente Joe Biden de que os Estados Unidos farão a doação 20 milhões de vacinas a outros países, até o fim de junho, além das 60 milhões de doses previamente anunciadas.

Gean Loureiro, presidente do Conectar e prefeito de Florianópolis/ SC, acredita que os municípios estão habilitados para o recebimento das doações por meio do Consórcio. “Além de estar apto a efetivar a compra de imunizantes, o Conectar também pode receber doações de vacinas, de acordo com seu regramento originário. O Consórcio representa o protagonismo das cidades neste momento em que todos precisam somar esforços para garantia da celeridade do Plano Nacional de Imunização”, explica. O Consórcio Conectar está amparado na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que deliberou pela possibilidade de os entes subnacionais centralizarem a aquisição de vacinas contra a COVID-19.

Negociações diplomáticas

O envio do ofício ao embaixador americano dá continuidade à diálogo travado pelo Consórcio no começo do ano. Representantes do Conectar estiveram na embaixada americana no dia 26 de março com o objetivo de sensibilizar o órgão diplomático a respeito do cenário da pandemia da COVID-19 no Brasil, reforçando a necessidade de agilizar o acesso da população à vacina. Na ocasião, foi solicitada a doação de seis milhões de doses para atender de forma prioritária os profissionais da educação básica no Brasil.

O Conectar monitora os fornecedores com autorização de uso no território brasileiro e intensifica as relações diplomáticas para articulação de alternativas de imunizantes. Também estabelece interlocução com a China para acelerar o cronograma de imunizações no Brasil. No dia 29 de abril, reuniu-se com o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, para solicitar suporte nas relações comerciais com os laboratórios Sinovac e Sinopharm para a aquisição de imunizantes.

Sobre o Conectar

O Conectar – Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras é uma iniciativa inédita que reúne mais de 2 mil cidades que, juntas, representam mais de 150 milhões pessoas. Maior consórcio público do país, busca alternativas para acelerar o Programa Nacional de Imunização fazendo com que as vacinas cheguem mais rápido às cidades brasileiras. De forma integrada, irá agilizar a compra de medicamentos e o acesso a insumos médico-hospitalares para a rede pública de saúde. O Conectar foi instituído com o apoio da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e idealizado após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 23 de fevereiro de 2021, que autoriza a aquisição de imunizantes contra COVID-19 por estados e municípios. Está fundamentado na Lei nº. 11.107/2005.

Seminário discute planejamento de ações contra COVID-19

 A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar) promovem, nesta sexta-feira, 21, às 9h, o debate virtual "Como sua cidade pode planejar ações de enfrentamento à COVID-19 - A experiência de Campinas com indicadores de avaliação e monitoramento na pandemia",com transmissão ao vivo pelo canal da FNP no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=nNbSSVAa4Vk

A Prefeitura de Campinas, por meio de sua Secretaria Municipal de Saúde, apresenta estudo de caso em que demonstra a metodologia adotada para o monitoramento e avaliação de indicadores a fim de instrumentalizar a predição de cenários no enfrentamento à COVID-19.

Participarão do encontro: 
 
- os prefeitos Edvaldo Nogueira (Aracaju/SE), Cinthia Ribeiro (Palmas/TO), Dário Saad (Campinas/SP) e Leonaldo Paranhos (Cascavel/PR);
- a epidemiologista e consultora da FNP e do Conectar Carla Domingues; 

- o secretário de Saúde de Campinas/SP, Lair Zambon, e a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas, Andrea Von Zuben.]

 





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